Você sabe quais são os Benefícios e Malefícios da Reposição Hormonal?
A reposição hormonal na menopausa é um tema que divide opiniões entre as mulheres. Enquanto algumas optam por esse método, outras buscam alternativas naturais para lidar com os sintomas dessa fase da vida. Neste artigo, vamos discutir os benefícios e malefícios da reposição hormonal na mulher, e em quais situações ela é indicada.
Por que a reposição hormonal divide opiniões?
A principal razão pela qual a reposição hormonal na menopausa divide opiniões são os possíveis efeitos colaterais que podem surgir. A disseminação de informações sobre esses efeitos têm levado muitas mulheres a evitar esse tipo de tratamento. Uma pesquisa realizada pela Unicamp revelou que houve uma queda significativa no número de mulheres que realizam ou já realizaram a reposição hormonal nos últimos anos.
Essa divisão de opiniões pode ser atribuída à prescrição liberal de hormônios no passado, o que resultou em um aumento nos casos de efeitos colaterais durante a reposição hormonal. No entanto, quando indicada corretamente, a reposição hormonal pode trazer diversos benefícios e melhorar a qualidade de vida da mulher. Para isso, é essencial realizar uma avaliação médica individualizada e criteriosa.
Reposição hormonal na menopausa e seus efeitos colaterais
A reposição hormonal na menopausa pode apresentar efeitos colaterais, especialmente em mulheres com predisposição a eles. Alguns desses efeitos incluem o aumento do risco de câncer de endométrio e mama, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto.
A reposição isolada do estrogênio, um dos hormônios que a mulher passa a produzir em menor quantidade ao entrar no climatério, pode aumentar o risco de câncer de endométrio. Por isso, em alguns casos, é necessário associar a progesterona ao estrogênio para reduzir as chances de desenvolvimento desse tipo de câncer.
No entanto, o uso prolongado do estrogênio em conjunto com a progesterona pode aumentar as chances de desenvolvimento de câncer de mama, AVC e infarto em pacientes com histórico familiar, principalmente se iniciado após a janela de oportunidade, ou seja, dez anos após a menopausa ou após os 60 anos.
Além disso, a escolha dos hormônios utilizados na reposição hormonal também pode influenciar os efeitos colaterais. O uso preferencial do estrogênio natural e progesterona micronizada pode reduzir essas chances.
Cuidados e indicações da reposição hormonal
Para reduzir os riscos de efeitos colaterais, alguns cuidados devem ser seguidos durante a reposição hormonal na menopausa. É essencial que a prescrição seja feita por um médico, levando em consideração o histórico da paciente. Além disso, a reposição hormonal deve ser realizada por no máximo 5 anos e evitada após mais de 10 anos da entrada na menopausa. Quanto mais distante da entrada na menopausa, maiores são as chances de desenvolvimento dos efeitos colaterais.
É importante ressaltar que a avaliação médica individualizada é fundamental para evitar problemas maiores, principalmente em mulheres que já tiveram câncer de mama, câncer de endométrio ou problemas tromboembólicos, como AVC e infarto.
Benefícios da reposição hormonal na menopausa
Apesar dos possíveis efeitos colaterais, a reposição hormonal na menopausa ainda é indicada pelos médicos devido aos seus benefícios. Alguns desses benefícios incluem a diminuição das ondas de calor, o combate ao ressecamento vaginal, a melhora da incontinência urinária e infecções urinárias, a redução das mudanças de humor, a desaceleração do processo de envelhecimento, a promoção de uma melhor saúde do coração e a prevenção da osteoporose.
Quando a reposição hormonal é indicada?
A reposição hormonal na menopausa é indicada apenas para mulheres que apresentam sintomas moderados e graves do climatério, ou seja, quando a falta dos hormônios interfere no dia a dia e no bem-estar. Cabe ao médico avaliar cada caso individualmente e indicar a terapia hormonal de acordo com as necessidades da paciente.
Conclusão
A reposição hormonal na menopausa é um assunto que gera debates e opiniões divergentes. É importante que cada mulher avalie os benefícios e riscos desse tipo de tratamento, levando em consideração sua condição de saúde e histórico familiar. A orientação médica é fundamental para uma decisão segura e adequada. Lembre-se de que cada caso é único, e o acompanhamento médico é essencial para garantir o melhor tratamento e qualidade de vida durante a menopausa.
Até o próximo post!
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